64 – Viridiana (Viridiana) – México (1961)
Direção: Luis Buñuel
A noviça Viridiana (Silvia Pinal) faz uma visita ao seu tio moribundo, atendendo a um pedido do próprio. O pervertido homem, obcecado pela beleza da jovem, tenta seduzi-la de todas as formas. Ele morre e Viridiana decide não mais voltar ao convento. Em contrapartida transforma a antiga casa do tio num abrigo para necessitados e moradores de rua.
“Deixe-os pecar!”
Com esse filme, Buñuel ficou impedido de filmar na Espanha por nove anos. A imprensa espanhola foi proibida de citar o filme e sua premiação em Cannes. A obra também foi banida na Bélgica e na Itália, onde a Justiça de Milão condenou o diretor a um ano de prisão, caso ele voltasse ao país.
Mas não é só de áurea que vive o filme. Viridiana possui um conteúdo provocativo à frente de seu tempo. É o olhar particular de Buñuel sobre as coisas da vida. Os valores morais e religiosos que não convergem com o humano “real”, que possui desejos e é capaz de extrapolar sentimentos diversos: do mais bondoso ao maldoso, do benevolência à ingratidão.
Obra fundamental na filmografia do cineasta mexicano!
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