126 – 33 (33) – Brasil (2002)
Direção: Kiko Goifman
Roteiro: Kiko Goifman; Cláudia Prisicilla
Aos 33 anos, Kiko Goifman decide procurar a sua mãe adotiva.
Uma boa experiência documental de Kiko Goifman, se valendo de artifícios ficcionais para construir um filme noir, de drama e suspense, sobre a sua busca pela sua mãe biológica.
33 é um daqueles filmes que expandem as possibilidades de se fazer documentário, revelando o quanto esse gênero é rico e surpreendente.
Uma das coisas que me chamaram a atenção foi a relação estabelecida entre ele e os detetives. Na trama, isso não é tão importante, mas para mim trouxe alguns questionamentos. Primeiro, ele apresenta a fala de dois detetives que, consultados por Kiko, apresentam suas metodologias e sugestões. Em seguida, o diretor, através de sua narração, despreza de uma forma até agressiva tudo o que foi dito pelos detetives. Isso me fez refletir sobre os princípios éticos do documentário. Será que é justo usar os indivíduos para as suas filmagens e, em seguida, desmerecê-los? Ou o diretor não pode ser diplomático, nem complacente com os seus personagens?
Enfim, isso é só um detalhe do filme. Como um todo, ele traz muitas outras questões e possibilidades. Um bom experimento documental.
Minha nota: 7,5
IMDB: 5,7
ePipoca: 4,7
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