205 – Balada do amor e do ódio (Balada triste de trompeta) – Espanha (2010)
Direção: Álex de la Iglesia
Roteiro: Álex de la Iglesia
Em meio à guerra civil, o filho de um palhaço assassinado desce disposto a se vingar dos assassinos de seu pai. É quando ele entra em uma trupe circense e se apaixona pela mulher de um palhaço psicopata.
O filme começa com uma fotografia interessante, que dura até o fim. Também mistura um contexto político do período espanhol com uma situação particular, de uma trupe de palhaços. Em seguida, os fatos que ocorrem convidam o espectador ao inusitado: um palhaço assassino, preso pelo governo de Franco.
Todos esses elementos prometem muita coisa boa. Ao menos, deixam o espectador atento e interessado em ver aonde isso vai parar.
O problema é que, depois dos 20 minutos iniciais, o filme leva do nada a lugar nenhum. O que se dá é uma sucessão de acontecimentos que torna o roteiro descartável. É como se o diretor dissesse: “dane-se o enredo, vamos se valer do bizarro pelo bizarro”. Daí, priorizando as cenas bizarras, em detrimento do desenvolvimento da história, o que se tem são palhaços enlouquecidos protagonizando cenas absurdas de assassinatos.
Há quem diga que todos os acontecimentos se deram de forma metafórica, para representar a loucura do período franquista, com grupos rivais de matando por “amor” à sua forma de poder (representado pela mulher, alvo da disputa entre os dois palhaços). No entanto, a anarquia do roteiro não justifica essa representação.
Uma pena. Só pela fotografia e a ótima interpretação dos atores, o filme merecia muito mais. Mas, acho que o diretor surtou um pouco, tal como seus personagens.
Minha Nota: 6,7
IMDB: 6,5
ePipoca: –
Sugestão: Crime Ferpeito
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