231 – O Cangaceiro (idem) – Brasil (1953)
Direção: Lima Barreto
Roteiro: Lima Barreto; Rachel de Queiroz
O bando de cangaceiros do Capitão Galdino semeia o terror pela caatinga nordestina. A professora Maria Clódia, raptada durante um assalto do grupo, apaixona-se pelo pacífico Teodoro. O amor entre os dois provoca desavenças no bando.
Um dos maiores clássicos da filmografia nacional. Um “case de sucesso” do mercado cinematográfico brasileiro, em suas investidas no exterior. O Cangaceiro é um dos filmes mais conhecidos lá fora, já tendo passeado por festivais importantes, como Cannes, e ficado em cartaz, por anos, nas salas européias.
O filme de Lima Barreto traz uma estética mais original, em relação ao que tínhamos no País, apesar de nem tanto, sem compararmos com o que Hollywood já fazia. É a representação de algo genuinamente brasileiro, os cangaceiros, com uma estética cinematográfica mais próxima do bang-bang estadunidense. É, portanto, o nosso “nordestern”.
Os cangaceiros que vemos na tela não são os mesmos que os de Glauber, por exemplo. Não carregam consigo um peso político e crítica social, típicos nas obras do cineasta baiano. No filme de Lima, a representação tende para questões pessoais, como o romance, o amor e os valores de vingança e honra. A narrativa também pende mais para a aventura do que para o drama social, traz uma caracterização mais particular aos nossos “faroestes” do sertão.
Minha Nota: 7,2
IMDB: 6,9
ePipoca: 7,0
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