07 – Interlúdio (Notorius) – Estados Unidos (1946)
Direção: Alfred Hitchcock
Após seu pai alemão ser condenado como espião, uma jovem mulher (Ingrid Bergman) passa a se refugiar em bebida e homens. É assim que se aproxima de um agente do governo (Cary Grant), que pergunta se ela concorda em ser uma espiã americana no Rio de Janeiro, onde nazistas amigos do pai dela estão operando. Ela acaba se casando com um espião nazista, mas se apaixona pelo seu contato no governo americano.
E não é que até o Mestre veio parar no Brasil. Em Interlúdio, Hitchcock roda no Rio de Janeiro – só que não – mais uma grande obra. Apesar da trama se passar no Rio, as gravações foram feitas no estúdio, utilizando imagens gravadas no Brasil, mas feitas por uma segunda equipe.
Em Interlúdio, o Mestre consegue transformar um enredo simples em algo surpreendente e, pra variar, com uma bela fotografia que passeia pelo noir.
O Mestre fazendo mestrice:
– A lei da época só permitia beijos de até 3 segundos. Com sua habilidade, o velho Hit criou uma sequencia que durou mais de 2 minutos, entre 3 segundos de beijinho aqui, mais 3 ali.
– Um plano-sequencia de cerca de 40 segundos, começando com o plano aberto, mostrando o salão de festas, até ir fechando na mão da personagem que segurava um objeto importante para a trama.
E aí você percebe que o filme já está chegando ao fim e pensa “vai ser impossível, em tão pouco tempo, conseguir um desfecho que não seja forçado”. Daí, as sequencias finais fazem o espectador sorrir e concluir “é claro que é possível, aqui é Hitchcock”.
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