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10 (melhores) diretores e diretoras do Leste Europeu

Uma das regiões mais confusas do planeta. O leste europeu no século XX se tornou uma verdadeira babilônia, tornando qualquer mapa geográfico defasado e obrigando professores e professoras a se atualizarem para saber qual país ainda existe e quais são as novidades.
Desse caos geopolítico, brota um cinema impactante! As obras da região, sobretudo as dos balcãs são promissoras, com produções modernas, irônicas e carregadas de simbolismo.
Portanto, para valorizar as obras mais recentes, é que preferi indicar diretores e diretoras que estão na ativa. Por conta disso, ficam de fora alguns gênios consagrados da história mundial, como os soviéticos Sergei Eisenstein, Andrei Tarkovsky, Dziga Vertov, Elem Klimov e Mikhail Kalatozov.
Abaixo, a lista dos 10 diretores e diretoras que vêm projetando o leste europeu para o resto do mundo.
1. Emir Kusturica (Sérvia)
Kusturica nasceu em Sarajevo, atual capital da Bósnia e Herzegovina. Apesar disso, ele é sérvio, já tendo sido da Iugoslávia e da Sérvia e Montenegro. Toda essa confusão dos Balcãs se reflete nas obras do diretor, um dos maiores do cinema contemporâneo. Uma fragmentação da identidade e uma “vida cigana” de um povo em constante transformação geopolítica. Kusturica traduz esse contexto em histórias e personagens tão bizarros quanto. E tão cômico, porque de trágico já basta a vida. É dele: Underground, Vocêse lembra de Dolly Bell? Vida Cigana e Gato Preto, Gato Branca.

2. Andrzej Wajda (Polônia)
O diretor polonês tem 89 anos e cerca de trinta obras realizadas. É dele O Homem de Ferro, um dos filmes mais importantes da filmografia polonesa. Aliás, a Polônia é personagem comum em suas histórias, muitas delas com grande carga dramática e teor político.






3. Dorota Kedzierzawska (Polônia)
De uma sensibilidade única, os dramas realizados pela diretora polonesa são sutis e, ao mesmo tempo, ferozes. Faz balançar qualquer espectador, fazê-lo sentir, refletir e se emocionar. É dela: Corvos, Eu existo e Hora de morrer.




4. Jasmila Zbanic (Bósnia)
A jovem diretora tem apenas 3 longas e um curta no compilado História de Direitos Humanos. Apesar de ter poucas produções, a diretora já revela um grande talento. Em seus filmes, ela consegue tratar de dramas pessoais e universais, mas sempre tendo a Bósnia de pano de fundo. O pós-guerra e o país em reconstrução são elementos presentes em suas obras, dialogando, subjetivamente, com os próprios personagens. É dela Em Segredo.




5. Béla Tarr (Hungria)
Um dos diretores mais renomados do leste europeu, Béla Tarr realizou seu último filme em 2011. Para os fãs, ficou a expectativa de que o diretor volte a filmar. O seu estilo apaixona alguns e entedia outros, com suas obras em que o silêncio fala mais que os diálogos, que a duração dos plano diz muito, e que a fotografia é tão importante quanto a narrativa. É dele o elogiado As Harmonias de Werckmeister.




6. Aleksandr Sokurov (Rússia)
Um dos maiores nomes do cinema russo. O experiente diretor tem uma longa filmografia, boa parte dela transformando passagens e conflitos da história mundial em obras artísticas projetadas na tela do cinema. É dele Mãe e filho, Arca Russa e O Sol.







7. Martin Sulík (Eslováquia)
Com um traço bastante autoral, Sulík divide opiniões. Há quem não o suporte. E há quem consiga viajar nas fantasias criadas pelo diretor e desfrutar as suas obras mágicas. O fato é que ele tem um traço particular e uma grande habilidade de usar o cinema para fazer o espectador sonhar. É dele O Jardim.






8. Cristian Mungiu (Romênia)
Com uma filmografia curta, o diretor ganhou fama internacional com o premiado 4 meses, 3 semanas e 2 dias. O diretor compõe a nova safra do cinema romeno, uma das melhores e mais promissoras do leste europeu.








9. Sergei Loznitsa (Bielorrúsia)
Apesar de bielorusso, o diretor realiza produções ucranianas, registrando as marcas do processo histórico nessa região. Loznitsa é autor de diversos curtas e alguns longas elogiados, que o torna um dos nomes mais promissores do cinema ucraniano.







10. Jan Sverák (República Tcheca)

Projetado com o premiado Kolya, o diretor tcheco foge um pouco do perfil de seus colegas do leste. A estética de suas obras é simples, com a narrativa e os personagens sendo os destaques. As histórias são leves, ainda que emocionantes, com uma dose certa de humor.