93 – Nosso pai (Abouna) – Chade (2002)
Direção: Mahamet-Saleh Haroun
Tahir (15 anos) e Amine (8 anos) descobrem ao acordar que seu pai foi embora misteriosamente. A frustração é maior, porque naquele dia, ele devia ser árbitro do jogo de futebol entre os garotos do bairro. Decidem portanto sair à sua busca pela cidade, em todos os lugares em que costumava ir.
Cansados, acabam refugiando-se em salas de cinema, onde um dia, acreditam reconhecer seu pai na tela e roubam as latas do filme…
Chade! Um país africano que faz fronteira com a Líbia, Sudão, República Centro-Africana, Camarões, Nigéria e Níger. Tem deserto, aridez e savana. Tem o segundo maior lago do continente. Tem uma população de mais de 10 milhões, fruto de 200 etnias. Começou a ser habitado há 9 mil anos e no século passado foi invadido pela França, da qual se tornou colônia. De lá pra cá, o país ficou marcado por diversas guerras civis e uma série de genocídios.
O país não tem mar, nem ferrovia. Mal tem cinema. Mas tem o diretor Mahamet-Saleh Haroun, que rodou o primeiro longa-metragem do país em 1999. Nosso paifoi o segundo e, ao que parece, muito criticado.
Nosso pai é um filme bem simples. Bem filmado, mas com uma história pouco envolvente. Dele, talvez o que mais chama a atenção é justamente o fato de presenciar uma obra de um país tão longínquo e com quase nenhuma tradição cinematográfica. O filme vale pela incursão geográfica e cultural!
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