03 – Nós que nos amávamos tanto (C´eravamo tanto amati) – Itália (1974)
Direção: Ettore Scola
Uma das obras-primas de Ettore Scola, o filme descreve um período na história da Itália (1945 a 1975) e na vida de três grandes amigos: Gianni, Antonio e Nicola. Da resistência à ocupação nazista ao engajamento político dos anos 1960, acompanhamos as aventuras, desventuras e desilusões amorosas de uma geração que sonhava em mudar o mundo.
Estou cada vez mais encantado com Ettore Scola.
A sua sensibilidade e originalidade são louváveis.
Em A Família ele conseguiu passar por diversas gerações e contextos políticos, sem que a câmera saísse de casa uma vez sequer. Todas as passagens de tempo e mise-en-scéne foram feitas na mesma locação. Um desafio brilhantemente superado.
Já em Nós que nos amávamos tanto, novamente o diretor repete o envelhecimento dos personagens e a passagem de tempo, com um contexto político de fundo. No entanto, as transições são feitas com muito mais criatividade e beleza.
O filme é uma verdadeira homenagem ao cinema italiano e à própria história social e política dessa nação. E, por que não dizer, uma homenagem ao ser humano, seus amores e ideais. Em seu conteúdo, a obra é encantadora.
Já a sua estética é de uma originalidade empolgante. As brincadeiras e a criatividade são típicas de grandes pintores, que cuidam de cada detalhe de seu quadro, para resultar em uma obra completa, multi-referencial e original.
Divertido e belo! Um filme para se amar tanto.
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