239 – Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari) – Japão (1953)

Direção: Kenji Mizoguchi

Roteiro: Matsutarô Kawaguchi; Akinari Ueda; Yoshikata Yoda

Durante a guerra civil japonesa no século 16, dois camponeses ambiciosos pretendem fazer fortuna. O ceramista Genjuro quer vender toda sua mercadoria por um preço alto. O cunhado Tobei deseja se tornar um samurai. Mas quando o vilarejo deles é atacado, ambos se vêem na obrigação de priorizar seus objetivos. E o primeiro deles é defender suas famílias.

Considerado um dos marcos do cinema japonês, Contos da Lua Vaga é uma verdadeira obra de arte.

Sua fotografia salta aos olhos. Às vezes, a vontade é de pausar a cena só para contemplar a imagem por mais tempo.

Os movimentos de câmera e as transições também enriquecem ainda mais as seqüências e reforça o significado de cada acontecimento da narrativa.

A história também não fica para trás. O drama e a fantasia se misturam para criar uma verdadeira fábula. Real e irreal chegam a se fundir, tornando-os uma coisa só.

A narrativa retrata a vida de dois casais de origem pobre, que ambicionam um futuro melhor, em pleno Japão feudal e sob saques e batalhas. O ritmo do filme traz leveza à trama e a fantasia e imaginação dos personagens o tornam ainda mais agradável. Difícil não se comover com o final do filme.