211 – Tapete Vermelho (idem) – Brasil (2005)
Direção: Luís Alberto Pereira
Roteiro: Rosa Nepomuceno; Luís Alberto Pereira
Quinzinho é um caipira sonhador, morador de uma roça distante. Ele tem uma promessa a cumprir: mostrar para seu filho, de 10 anos, um filme de Mazzaropi num cinema onde esteja passando. Com a mulher Zulmira, o burro Policarpo e o filho Neco, ele sai pelas cidades atrás de cumprir sua promessa.
Uma verdadeira homenagem a Mazzaropi, para Monteiro Lobato nenhum botar defeito.
Tapete Vermelho tem um leve tempero italiano – não pelo fato do pai de Mazzaropi ter vindo da Itália, mas porque o filme homenageia o cinema, com a paixão de um pai e a inocência de um filho, que só os italianos sabem fazer.
Mas, de europeu os personagens não têm nada. São caipiras caricaturais. E Matheus Nachtergaele encarna um jeca-tatu impecável.
Além do cinema e de Mazzaropi, o filme ainda passeia por questões presentes nas pequenas e médias cidades do interior do Brasil: a evangelização e o consumismo latente na sociedade, que fazem salas de cinema serem substituídas por igrejas e lojas de eletrodomésticos, revelando a cultura atual do brasileiro; e não deixa de passar pelo MST, revelando que as questões agrárias que vinham desde o tempo do Jeca, evoluíram para algo mais politizado e com conseqüências mais violentas.
Tapete Vermelho faz, portanto, uma representação contemporânea de uma região pouco explorada nos filmes nacionais: o interioRzão caipira, com R maiúsculo. E uma sensível homenagem a Mazzaropi e ao próprio cinema.
Minha Nota: 7,6
IMDB: 7,1
ePipoca: 9,3
Sugestão: Bye Bye Brasil
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