154 – O Tesouro de Sierra Madre (The Treasure of the Sierra Madre) – EUA (1948)
Direção: John Huston
Roteiro: B. Traven; John Huston
No México, dois americanos ouvem, maravilhados, relato sobre o ouro de Sierra Madre. Partem para lá, dispostos a fazer fortuna, enfrentando muitos obstáculos pelo caminho. Mas estão obcecados a ponto de perder a razão. Para eles, só o ouro importa.
O Tesouro de Sierra Madre é um filme sobre um casal de namorados, cuja relação começa a se deteriorar quando um deles recebe uma bolada na loteria. Ok, O Tesouro de Sierra Madre não é sobre nada disso. Mas poderia ser. Poderia ser sobre qualquer relação, onde entra grana na jogada.
No caso do filme de John Huston, a relação se dá entre três homens, unidos pela pindaíba em que vivem e pela aventura de se meter nas serras mexicanas em busca de ouro. E eles o acham. Pronto, entrou grana na jogada e, daí em diante, a relação só se deteriora.
Ou seja, o problema não é o dinheiro, mas o ser humano. O ouro não tem espírito, nem vontade própria. O indivíduo, sim. É ele quem pode ser ganancioso, confiável, solidário ou traidor. O dinheiro é só um elemento capaz de implantar o caos na relação. Mas, no final das contas, é o indivíduo que é responsável por permanecer de pé, ou cair.
É por isso que O Tesouro de Sierra Madre não é somente um filme clássico de aventura, mas é, sobretudo, sobre seres humanos e seu relacionamento diante de situações impostas pela força da grana – aquela mesma que costuma erguer e destruir coisas belas, como monumentos, amizades, casamentos…
Minha Nota: 7,9
IMDB: 8,5
ePipoca: 8,1
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