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151 – Janela Indiscreta (Rear Window) – Estados Unidos (1954)



Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro:John M. Hayes; Cornell Wollrich
Fotógrafo com a perna quebrada fica imobilizado numa cadeira de rodas, olhando pela janela a vida de seu vizinhos, quando suspeita de que aconteceu um assassinato. Com a ajuda da namorada, da massagista e um amigo policial, tenta provar o suposto crime.
O voyeurismo é natural ao ser humano. O próprio cinema já é uma forma de se aproximar disso. Compreensível, portanto, que o próprio cinema se aproprie desse instinto humano e o utilize ao seu favor, em suas histórias.
Não é à toa que já passaram por esse blog, filmes em que algum dos personagens manifesta o seu prazeroso e inescrupuloso lado voyeur, como em Medos Privados em Lugares Públicos, A Fraternidade é Vermelha, Histórias de Cozinha, além dos diversos documentários, que também matam essa sede do espectador.
No entanto, Janela Indiscreta é a síntese de tudo isso. O ócio, seguido da curiosidade e alimentado por uma despreocupação com a moral, faz do personagem o símbolo do voyeurismo. Um passatempo que se transforma em prazer e que o insere em uma rotina que lhe faz perder o controle sobre si mesmo, agindo por impulso e sem medir os limites dessa prática.
Janela Indiscreta é, sobretudo, uma confusão psicológica que, inicialmente afeta o personagem, mas aos poucos passa a consumir o espectador. Confesso que, antes do fim, eu já estava querendo matar a charada antes do protagonista, Jeff (James Stewart). Para não lhe dar chance, não abri mão de pausar o filme, voltar a cena e buscar, em determinados planos, detalhes que ele não poderia ver. Ele tinha o binóculo e a lente, eu tinha a manipulação do filme. Eu queria desvendar o mistério antes dele e, por conta disso, olha onde eu parei: num passatempo que se transformou em prazer e me fez agir por impulso, sendo consumido pela história e jogado em uma confusão psicológica. O voyeur do voyeur do voyeur…
Talvez, por toda essa expectativa criada, é que eu achei o final um pouco pobre. E, convenhamos, a solução do caso foi fraca, corrida, ou, pelo menos, aquém da grandiosidade do restante do filme.
Mas, tudo isso é apenas o conteúdo. A forma também é brilhante.
Eduardo Coutinho costuma dizer que ele cria as próprias prisões, que lhe ajuda no processo criativo – filmar em um só edifício; sem pré-produção, etc. Hitchcock segue essa mesma lógica em alguns de seus filme: todo rodado em um plano-seqüencia; ou um só cenário, sob apenas um ponto de filmagem. Isso torna o filme ainda mais desafiador e que, quando superado, dá uma pitada maior de genialidade. É o caso de Rear Window.
E tudo que é bom se desdobra. Na internet tem essa versão dos Simpsons, com referências a Hitchcock. E uma montagem interessantíssima sobre Janela Indiscreta, colando os planos de todos os apartamentos e rodando de forma sincronizada.
Minha nota: 8,8
IMDB:  8,7
ePipoca: 9,2
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