104 – Fandango (Fandango) – Estados Unidos (1985)
Direção: Kevin Reynolds
Roteiro: Kevin Reynolds
Cinco amigos que terminaram a faculdade são convocados para a guerra do Vietnã. Resolvem, então, fazer uma grande farra antes de partir, promovendo sequencias de loucas aventuras.
Nem atrás, nem muito à frente de Se Beber não Case.
Fandango, um filme pouco conhecido, retira o manto de originalidade que cobriu Se Beber não Case. Aliás, os argumentos dos dois são praticamente idênticos. Mérito, portanto, para o filme de Kevin Reynolds, de 1985.
“Fé em deus e pé na tábua”. Ou, cerveja na mão e pé no acelerador. Esse é o mote de Fandango. Jovens, que viajam de carro dispostos a passar por aventuras, se valendo de um objetivo esfarrapado como motivo, mas escondendo as reais razões de tal jornada, que parece ser a última da vida de cada um: a desilusão amorosa e a guerra do Vietnã. Mesmo que a guerra também servisse de um banal pretexto, já que o que realmente guiava os jovens aventureiros era a necessidade de vencerem seus próprios medos, covardias e fraquezas.
Fandango é engraçado, mas volta e meia traz uma leve camada de melancolia. Como se carregasse a sensação de que “isso está acabando; nosso tempo também”. Talvez esse sentimento partiu do próprio contraste da época: uma legião de jovens com a vida toda pela frente, mas com uma guerra no meio do caminho, capaz de encurtar essa caminhada. Ou pela própria natureza da juventude: o amadurecimento forçado, causado pela porrada que a vida dá na cabeça e pelo que os amores dão no coração. Fandango traz aquela sensação da criança que enrola a própria mãe, só para poder brincar o máximo de tempo que conseguir – “tô innnnnndo” – e só vai quando a mãe, enfim, perde a paciência.
É como se a juventude fizesse isso com seu próprio destino: “só mais um pouquinho!” e só entra na fase totalmente adulta quando a vida já não lhe tem mais paciência, e os jovens, alternativas.
Minha nota: 7,0
IMDB: 6,2
ePipoca: 5,3
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