77 – A Pele que Habito (La Piel que Habito) – Espanha (2011)
Direção: Pedro Almodóvar
Roteiro: Pedro Almodóvar
Adaptação do romance “Mygale”, escrito por Thierry Jonquet, trata-se de um drama de vingança de um médico cirurgião plástico que, após a morte trágica da esposa, tenta fabricar uma pele perfeita e capaz de resistir a dor (uma que poderia ter salvado a mulher, vítima de um incêndio).
Sempre tive uma certa resistência com Almodóvar. Metade por preconceito, a outra metade por um conceito mesmo. O preconceito se deve ao fato de eu sempre ter um pé atrás com coisas muito cults, como por exemplo, Los Hermanos, jazz no MAM e… Almodóvar. A áurea intelectual que lhes são colocadas acaba atrapalhando um pouco a própria obra. Já o conceito, é porque eu não vi nada demais em Volver e achei medonho Kika.
No entanto, A pele que habito me causou uma boa sensação e amenizou um pouco a minha pressão sobre Almodóvar. É um filme grandioso, intrigante e surreal. Tem que ter muita habilidade para pegar uma história absurda e desenvolvê-la de um modo que o faz ter todo um sentido. E, o melhor de tudo, sem muito estrelismo estético.
Só fiquei com uma dúvida: eu entendi errado ou a mãe/empregada e o irmão (tigrão) do protagonista (Antonio Banderas) eram baianos?
Minha nota: 8,4
IMDB: 7,7
MelhoresFilmes: 6,9